segunda-feira, 2 de março de 2009

Anatomia Humana


Anatomia humana é o campo da biologia que através da dissecação e aplicação de outras técnicas, estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano, revelando sua organização. Pode ser dividida em duas disciplinas: a anatomia setorial, regional, ou topográfica do corpo humano e a anatomia sistemática descritiva. Anatomia setorial → divide a estrutura corpórea em grupos: cabeça e pescoço, membro superior, tórax e abdômen, coluna vertebral, pelve e períneo e membro inferior. Anatomia sistemática → divide a estrutura corpórea em sistemas: cardiovascular, digestório, endócrino, imunológico, tegumentar, linfático, muscular, nervosos, reprodutor, respiratório, ósseo e excretor. A análise setorial anatômica consiste no conhecimento da exatidão das formas, da posição, tamanho e relação entre as demais estruturas. Do ponto de vista morfológico trata-se de uma ciência com interesse em descobrir as origens e causas que levam à formação humana, com fundamento aos conhecimentos de embriologia, biologia evolutiva, fisiologia e histologia.

Áreas de Estudo da Biologia

Biologia (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo) é a ciência que estuda os seres vivos. Da mesma forma com que existe uma gama enorme de espécies de organismos vivos, existem também vários ramos da biologia destinados a estudar cada grupo dessas espécies e as relações existentes entre as mesmas. O estudo da vida nas mais variadas escalas abrange amplas áreas que são consideradas, na maioria das vezes, como disciplinas independentes, mas que de uma forma ou de outra, estão interligadas. Vejamos as subdivisões do estudo da biologia: - Anatomia: Estuda as estruturas internas e externas do corpo humano e as formas de organização das células, tecidos, órgãos e sistemas. - Botânica: É destinada a estudar as plantas e algas, abrangendo o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução, o metabolismo e a evolução desses vegetais, além de estudar também as doenças que os atingem. - Citologia: Analisa as células dos seres vivos, assim como suas formas de organização, funções, estruturas e importância para os mesmos. - Ecologia: Estuda as relações existentes entre os seres vivos e o meio ambiente, assim como as relações estabelecidas entre um ser vivo e outro. - Embriologia: É responsável por estudar tudo que se refere à formação dos órgãos e sistemas complexos dos animais. - Evolução: Estuda o processo de mudança das características dos seres vivos ao longo do tempo. - Fisiologia: Ramo que estuda os processos físicos e bioquímicos resultantes do funcionamento do corpo humano. - Genética: Estuda o processo de transferência de características de uma geração para outra. - Histologia: Analisa tudo que se refere aos tecidos biológicos. - Micologia: Destinada a estudar os fungos, sua classificação, organização, fisiologia, etc. - Microbiologia: Estuda os microorganismos (bactérias e vírus). - Paleontologia: Investiga a vida dos seres vivos de épocas remotas, assim como seus registros (fósseis). - Protistologia: Destinada ao estudo dos protistas uni e pluricelulares, assim como suas formas de organização. - Zoologia: Estuda os animais.

História da Biologia

O início do estudo da biologia se deu a partir da primeira classificação dos animais, feito pelo grego Aristótels, que conseguiu catalogar cerca de 500 espécies em estilo moderno. No século XIV, em 1316, o professor da escola de medicina de Bolonha, o italiano Mondino de Luzzi, publicou o primeiro livro conhecido como a anatomia humana. Cerca de três séculos após a publicação, surgiu à teoria da Evolução, elaborada pelos biólogos ingleses: Charles Robert Darwin e Alfred Russel Wallace. Segundo eles, os organismos das plantas e dos animais estão sempre em processo de mudança. Mas, uma das maiores descobertas foi feita somente no século XX, em 1944, quando o bacteriologista norte-americano Oswald Theodore Avery, descobriu que o DNA (ácido desoxirribonucléico) era a matéria-prima da qual são feitos os genes, ou seja, é a partir desta molécula que fica escrito o código genético. A partir de então, os cientistas (biólogos) conseguiram desvendar alguns enigmas a respeito da ciência.

Armas Biológicas

Uma arma biológica pode ser constituída por microorganismos patogênicos: bactérias, vírus, fungos ou por toxinas elaboradas por um desses agentes, tendo elas algum efeito direto sobre o organismo humano ou indireto, fazendo uso da contaminação pretendida atingindo animais ou vegetais que irão causar efeitos nocivos ao homem. Os interesses que levam à confecção de uma arma biológica podem ser diversos: territoriais, políticos ou religiosos, envolvendo diferentes etnias, a confecção de armas microbiológicas para assegurar o potencial bélico utiliza diferentes meios para dissipar a destruição da população nos campos ou nas cidades, pelo ar, pela água ou através dos alimentos. Para tal empreendimento de poder e morte é despendido vultosas cifras no desenvolvimento de arsenais bioquímicos, haja vista as grandes descobertas genéticas em laboratórios ocultos, cultivando uma quantidade grandiosa de terror, incapacitando dezenas de organismos: homens, mulheres e crianças, combatentes ou não, seres humanos. No organismo, o contágio é facilitado pelo acesso e instalação do agente ou inalação / ingestão de toxina através de vias que proporcionam maior eficácia letal. Essas vias geralmente são: as vias respiratórias, digestivas e cutânea. Funcionando como portas que não resistirão ao ataque deste micro-avassalador arsenal. Alguns exemplos de armas biológicas utilizadas e supostamente manipuladas durante a história e as conhecidas nos dias atuais são: Bacillus anthracis que causa a doença denominada carbúnculo; Clostridium botulinum, bacilo encontrado na água ou nos alimentos; Orthopoxvirus, vírus da varíola; Ébola, febre infecciosa hemorrágica.

As Mitocôndrias


As mitocôndrias são organelas citoplasmáticas com formas variáveis: ovóides, esféricas ou de bastonetes, medindo aproximadamente de 02μm a 1μm de diâmetro e 2μm a 10μm de comprimento. São constituídas por duas membranas: a mais externa lisa e a interna pregueada, formando as cristas mitocondriais (septos), que delimitam a matriz mitocondrial (solução viscosa semelhante ao citosol), onde ficam dispersas estruturas ribossomais, enzimas e um filamento de DNA circular. As enzimas catalisam a importante função dessas organelas, no que diz respeito à respiração celular, fornecendo energia metabólica liberada na forma de ATP (Adenosina Trifosfato), despendida em todas as atividades desenvolvidas por uma célula. Portanto, durante o processo de respiração aeróbia ocorrem reações determinantes nas mitocôndrias: o Ciclo de Krebs na matriz mitocôndrial e a Cadeia Respiratória nas cristas mitocondriais. O fato de esta organela possuir material genético próprio permite a ela capacidade de se autoduplicar, principalmente em tecidos orgânicos que requerem uma compensação fisiológica maior quanto à demanda energética, percebido pela concentração de mitocôndrias em células de órgãos como o fígado (células hepáticas) e a musculatura (fibra muscular). Existem teorias (endossimbiótica) a cerca da origem das mitocôndrias, que demonstram o surgimento dessas organelas nas células eucariontes durante a evolução a partir de análise comparativa e evidências como: - a dupla membrana, sendo a interna semelhante aos mesossomos (dobras membranosas de bactérias, ricas em enzimas respiratórias); - o pequeno tamanho dos ribossomos, semelhantes aos de procariotos, e diferenciados aos encontrados no hialoplasma da mesma célula eucarionte; - e a presença de DNA circular. Portanto, supõe-se que por volta de 2,5 bilhões de anos, células procarióticas teriam fagocitado, sem digestão, arqueobactérias capazes de realizar respiração aeróbia, disponibilizando energia para a célula hospedeira, garantindo alimento e proteção (uma relação harmônica de dependência).

A nossa espécie Homo sapiens

Reino – Animalia Filo – Chordata Subfilo – Vertebrata Classe – Mammalia Ordem – Primata Subordem – Antropoidea Superfamília – Hominoidea Família – Hominidea Gênero – Homo Espécie – Homo sapiens Subespécie - Homo sapiens sapiens Há mais de 300.000 anos surgiram os primeiros membros da espécie Homo sapiens, nossa espécie atual. A partir da descoberta de fósseis como o Homo sapiens de Steinheim e o Homo sapiens Rodesiano, cujos cérebros possuíam 83% do volume do cérebro atual. Esses arquétipos (padrões) eram caçadores hábeis, cozinhavam carne, usavam roupas de pele de animais e construíam lanças e cabanas. O fóssil mais representativo e estudado de Homo sapiens foi o Homem de Neanderthal, encontrado na Alemanha. Sua provável existência certamente compreendeu o período entre 70.000 e 40.000 anos atrás, habitando a Europa e o Oriente Médio. Através da indicação do indício fóssil, esse organismo revelou ser de baixa estatura e musculoso, com um cérebro praticamente do mesmo tamanho que o nosso, com região cerebral correspondente à fala bem desenvolvida. Os Neanderthais demonstravam habilidades na fabricação de instrumentos de pedras, utilizados para furar peles e confeccionar roupas e também produziam lanças de madeira usadas para abater animais de grande porte. Esse grupo é classificado pela maioria dos antropólogos como uma subespécie do Homo sapiens (Homo sapiens neanderthalensis). Contudo há quem considere que essa subespécie não é o ancestral direto do homem moderno, mas uma subespécie que se extinguiu há cerca de 40 mil anos, certamente devido a eventos de competição com o homem atual (Homo sapiens sapiens), surgido por volta de 90 mil anos, a partir do Homo erectus. Contudo, até o momento, o exemplar mais notório da subespécie Homo sapiens sapiens foi o Homo de Cro-Magnon, de alta estatura, desenvolveu ferramentas detalhadas (faca, lança, arco e flecha, etc.), e demonstração de aptidões artísticas, inscrevendo algumas cenas de caça, evidenciadas por meio de pinturas rupestres preservadas em paredes de cavernas. Um importante marco na evolução do homem ocorreu com a passagem da situação de caçador para agricultor, causando o surgimento das primeiras civilizações. A partir de então, há 12 mil anos, a evolução cultural se encarregou de promover uma acelerada transformação.